
O Contador de Histórias
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Acrílico sobre Tela
Aqui apresento um quadro de 2000.
"O contador de histórias" leva-nos uma vez mais para o Reino das Fábulas, em que, neste caso, o batráquio conta as suas memórias de tempos passados aos seus ouvintes pinguins.
Em que a magia das suas palavras está no ar, representada por pequenos cavalos marinhos que se dirigem a um mundo imaginário...
Na lírica medieval o "Contador de Histórias" era o Trovador que, acompanhado de instrumentos musicais entoava histórias e lendas cantadas por si.
Mas o contador de histórias é todo aquele, que como nas velhas tradições celtas, relata de sua memória às gerações vindouras, contos e epopeias de sonhar.
Conta apenas pelo prazer de falar e de ser ouvido.
É aquele que lhe basta a sua palavra e o olhar do seu ouvinte.
Para contar histórias tem de ser ter um dom. Dom esse, que vem da alma, do sangue.
Dom que nasce com a pessoa.
É aquele que empresta o seu corpo e sua alma para dar vida a mais uma história.
No fundo nós que pintamos, somos Contadores de Histórias.
E esse é o nosso legado para convosco.
Eu sou a "rã" que vos conta fábulas pintadas e vocês são os "pinguins" que atentamente observam cada pormenor neste ecrã.
E, espero, que consiga vos deixar com um pouco de magia no ar.
Beijinhos mágicos.
P.S.: Hoje, o Paulo, meu marido vai fazer um exame médico um pouco doloroso, uma Colonoscopia.
Sei que está a ser dificil para ele enfrentar a situação. Tem passado o dia lá em cima, na sala, a tomar um remédio misturado em três litros de água. Deve ser horrivel porque já vomitou muito, desculpem a expressão.
Só espero que isto tudo seja apenas uma tempestade num copo de água.
Já sabemos como os homens nestas coisas são muito "maricas". Se tivessem um filho estavam feitos.
Mas, como dizia, espero que não seja nada, porque ele sempre me incentivou a pintar e é o meu maior critico (construtivo).
Às vezes chegamos a discutir porque ele acha que eu consigo fazer melhor. E eu, tenho de dar mais. E na verdade, muitas vezes acaba por ter razão.
Bem, às vezes.
Outra vezes tenho que lhe pôr um "travão".
A ele e à minha mãe, que ainda é pior que ele. Mas a critica é que nos faz crescer.
É ele que também me dá uma mãozinha nas pesquisas que faço, tanto para a temática dos quadros, como para o que vos apresento neste dia a dia.
Aconselha-me bem com os gostos dele, bastante idênticos aos meus.
Espero que amanhã esteja aqui a mostrar-vos os meus quadros, a rirmo-nos de hoje e que ele esteja sentado ao meu lado, enquanto escrevo, e a dizer-me. "Olha lá, porque é que não pões... em vez de..."
Não há-de ser nada...