sábado, setembro 30, 2006

Asas do Desejo



Asas do Desejo
2004
1,10 x 0,60
Óleo em Tela


"...Que importa?...

Eu era a desdenhosa, a indiferente,
Nunca sentira em mim o coração
Bater em violência de paixão,
Como bate no peito à outra gente.

Agora, olhas-me tu altivamente,
Sem sombra de desejo ou de emoção,
Enquanto as asas loiras da ilusão
Abrem dentro de mim ao sol nascente.

Minh'alma, a pedra, transformou-se em fonte;
Como nascida em carinhoso monte,
Toda ela é riso e é frescura e graça!

Nela refresca a boca um só instante...
Que importa?... Se o cansado viandante
Bebe em todas as fontes... quando passa?..."

Florbela Espanca


P.S.: Obrigado amigos, pelos comentários do quadro anterior.
Muito interessante ver a maneira de como cada um vê um quadro.

Beijos de Luar
Ana Garrett

quinta-feira, setembro 28, 2006

Alma Felina



Alma Felina
0,54 x 0,73
2003
Óleo em tela

Hoje vou inovar em relação aos post anteriores.

Em vez de eu dizer o que este quadro me diz, comentem e/ou digam o que ele representa para vós.

Luthien, este foi o quadro que expus em Sesimbra.
Lembras-te dele?

Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços
Ana Garrett

segunda-feira, setembro 25, 2006

Alma de Carenque



"Alma de Carenque"
2003
Óleo sobre tela
1,10 x 0,60

Baseei-me na Necropole de Carenque para elaborar este trabalho.

É uma zona muito rica da nossa Proto-História.
Aconselhável a visitar.
Necessita de ser preservada.
O que não acontece em muitos casos.
Na altura que fiz este quadro foi para me associar, através de convite que me fizeram, a um movimento que se opunha à construção de uma auto-estrada mesmo no local da Necrópole, deixando a mesma de existir.
Por agora, ainda existe.
Não se sabe o futuro.

******

Como podem reparar, voltei.
O meu marido foi operado ao tumor nos intestinos e a recuperação está a ser bastante boa.
Esperemos que continue assim.
Obrigado a todos pelas palavras de apoio porque neste momento, e quem passa por isto sabe do que estou a falar, todo o amor e carinho é pouco.
No foro psicológico afecta-nos sempre e ficamos muito sensiveis.
Vejo que temos amigos na blogosfera e alguns haverei de conhecer pessoalmente, se Deus quiser.

É preciso Alma, Espírito e Pensamento Positivo.

Mais uma vez, o meu obrigado a todos que vieram aqui com boas intenções.

Se alguém veio com outras intenções, as atitudes ficam com quem as pratica.
Mais vale cair em graça do que ser engraçado, já dizia o outro.

Beijos

quarta-feira, setembro 13, 2006

Convite (Exposição de Pintura)





Exposição Individual de Pintura
"CONTOS ABENSONHADOS"
de Ana Garrett
4 a 31 de Outubro de 2006
todos os dias das 9h às 20h00

Inauguração às 17 horas do dia 4 de Outubro

Morada:
Arte Galeria
Terreiro do Paço
Lisboa Welcome Center, Ask me Lisboa
(Ao lado dos Correios do Terreiro do Paço, Lisboa)
Tlf. da Galeria: 21 031 28 15

Visitem-me

***


Vou estar ausente deste blog até, pelo menos, dia 26 de Setembro.
Vamos para Espanha para o Paulo ser operado e após a sua recuperação voltaremos.

Beijos para todos
Ana Garrett

E depois do Romance... (2003)




"E depois do Romance"
Óleo em tela
0,50 x 0,50
(Ano 2003)

"...Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim..."

Florbela Espanca

terça-feira, setembro 12, 2006

O Caminho da Vida (Díptico) - 2003




O Caminho da Vida (díptico)
Óleo em Tela
(Fiz este quadro em 2003)
0,40 x 0,40 (x2)


"...Aquele Caminho
Por onde trilha a Vida
Em que uma Borboleta pousa

Na Alma da Vida da Gente
...descontente, diferente
Mas sempre gente

...Que trilha na Vida
na Alma da Gente
Sem nos deixar indiferente

Breves instantes
Miragens, Ilusões
Esta é a nossa Vida
Que trilha por um Caminho
Idêntico ao de toda a Gente

Larva, criança, semente
Alma, corpo, invólucro
Diferente
Igual
Tudo trilha o caminho
Na Alma da vida
Em corpo de gente...

Indiferente...
Só o Vento que passa..."


Quadro de minha autoria, como sempre, e... excerto de poema da autoria de... o meu maridinho (Paulo).


Beijos de Alma

ETERNUS



Eternus
0,56 x 0,73
Óleo em Tela
(Terminei este quadro em 2003)

Homenagem a todas as crianças que nasceram após o fatídico 11 de Setembro.

Recordemos e amemos os que nos deixaram...
Mas amemos e acarinhemos os que nos amam... todos os dias ao nosso lado.

Não nos esqueçamos de Amar.


Beijos de Amor para todos

domingo, setembro 10, 2006

Contemplação



Contemplação
0,54 x 0,73
Óleo em Tela
(Fiz este quadro em 2003)

"...A vida é a contemplação daquela nuvem.
E o mundo
uma forma de passar, que inventamos
para não ver que o mundo não é o mundo,
mas uma nuvem...
passando..."

De "António Brasileiro"
In Antologia Poética
Fundação Casa de Jorge Amado/Copene,


Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços

sábado, setembro 09, 2006

A Janela



A Janela
0,80 x 0,80
Óleo em Tela
2003

A janela que representei é a entrada para o mundo dos sonhos.
Nos sonhos os Gatos e as Borboletas significam Sorte.

***

Cada um de nós tem uma Janela que dá para a Alma.
Ousemos entrar nesse Portal.
No portal dos sonhos e fantasias.

Dediquemos nesta noite um pensamento positivo a todos os que ousaram desafiar a razão e foram em busca dos seus sonhos, das suas fantasias e... conseguiram.

Dediquemos esta noite um pensamento positivo a todos os que gostavam de o tentar e não tem coragem de o fazer.

Pode ser que assim, pelo menos, uma vez na vida arrisquem e consigam realizar os seus sonhos.

Beijinhos mágicos

O Caminho da Borboleta




O Caminho da Borboleta
2001
0,60 x 0,80
Acrílico sobre Tela

Foi o primeiro de uma colecção sobre a alma, que elaborei.
Tentei unir sempre nesta série, a pedra (o Eterno) e a Borboleta/Alma, (Etéreo).

"...Não me encontras.
Não sabes da flor de outrora,
do jardim que criaste para mim.
Perdeste os sorrisos feitos das asas da borboleta
e os olhares líquidos de azul e cinza.

O que perdeste ficou trancado a sete chaves,
como dizem nas histórias,
pois eu não sou o que alcanças quando
enxergas da janela o horizonte.

O que vês são gotas salgadas e não o mar.
O que vês são riscos no céu e não o céu estrelado..."

Poema de Raphaela Blat, pseudónimo de uma boa amiga minha.


Que esta noite sejam elevados nas asas de uma borboleta para o mundo etéreo dos sonhos.
Beijos Eternos desta Alma errante

quinta-feira, setembro 07, 2006

Guinevere (Gwenhyvar)



Guinevere (Gwenhyvar)
1,60 x 0,50
Óleo sobre tela

"..Eu era rainha e perdi a minha coroa,
Mulher e quebrei os meus votos;
Amante e arruinei quem amava:
Não há maior massacre.
Há poucos meses atrás eu era rainha,
E as mães mostravam-me os seus bebés
Quando eu chegava de Camelot a cavalo..."
"Guinevere" de Sara Teasdale

Guinevere, rainha, ao lado de Arthur, amante apaixonada, ao lado de Lancelot.
Mas depois da morte de Arthur, Guinevere foi para um convento de freiras em Amsbury, permanecendo lá até à sua morte.

Como mera informação o casamento para os Celtas, nas suas antigas tradições e leis, era um simples contrato de associação provisória constantemente posto em causa e susceptivel de ser rompido por uma qualquer razão, no contexto de uma poligamia que não se atreve a "dar a cara".

No fundo, infelizmente, é o que se vê muito nos dias de hoje na nossa sociedade.
Há tradições que ainda são o que eram.

Beijos a que é de beijos, abraços a quem é de abraços

quarta-feira, setembro 06, 2006

King Arthus (Rei Artur)




"King Arthus"
2002
Óleo sobre Tela
1,60 x 50

Rei, guerreiro, conde ou Chefe de clã. Não se sabe ao certo.
Só se sabe que houve um Arthur, Arthus ou Artorius, filho de Uther, o último Pendragon da Bretanha que após um tempo de trevas conseguiu reunir todos os chefes de clã celtas e não celtas, sob a sua insigne contra os invasores Saxões.
Infelizmente o fim da história todos o sabemos.
O que restou dos Celtas Bretões fugiu para o que hoje é a Bretanha, na França actual, sendo a maior parte dos sobreviventes no que é hoje a Inglaterra, dizimada, restando muito poucos sobreviventes.
O que é engraçado é que os descendentes dos Anglos e dos Saxões veneram Artur e os seus cavaleiros, bem como as suas raízes Celtas!!!!

O primeiro que escreveu sobre as invasões saxónicas foi Gildas no ano 540 no "De Excidio et Conquestu Britanniae", mas a primeira referência literária a Arthur foi no poema épico "Y Gododdin" escrito por volta de 600 d.c. em que refere a vitória em batalha dos Britânicos do Norte perante os Saxões.
Mas em todos os escritos sobre Artur nunca se referem a ele como Rei mas sim como "Dux Bellorum", O Duque (Chefe) das Batalhas, ou como Bernard Cornwell o chama, Senhor da Guerra.
Mas quem falou pela primeira vez de Camelot e dos Cavaleiros da Távola Redonda foi Chrétien de Troyes, valendo-se dos mitos bretões e contos populares galeses que alimentavam memórias genuinas de um antigo herói.

"...Estas são as histórias dos dias que antecederam a descida das grandes trevas.
Estas são as histórias das terras perdidas, do país que outrora foi nosso, mas ao qual os nossos inimigos chamam agora Inglaterra.
Estas são as histórias de Artur, o Senhor da Guerra, o Rei que nunca existiu, o Inimigo de Deus e, que o Cristo Vivo me perdoe, o melhor homem que jamais conheci..."

De "O inimigo de Deus" de Bernard Cornwell.

Para a próxima, "Guenevere".
Que a Deusa da Serra da Lua vos encante nesta noite de calor.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Alma de Sintra (Arte Postal)



"Alma de Sintra"
Óleo sobre papel (Arte Postal)

Para uma exposição de "Arte Postal" organizada pela Câmara Municipal de Sintra na Galeria de Fitares em 2002 à qual fui convidada a participar.

A foto do Postal está um pouco desfocada porque a máquina digital que tinhamos na altura tinha esse problema.
Muitas outras fotos de outros trabalhos, que vou apresentar, tem esse problema.

***

Clique para ver Fotos de Sintra

***

"...a Serra enche, deleita, rejubila os nossos olhos, sacia os nossos sentidos, a natureza elementar e definitivamente fixa da Serra desafia a nossa minusculidade ontológica, a nossa provisoriedade existencial, o nosso aparente brilho social, a nossa eterna vontade de poder sobre os outros. E sempre que atingimos o cume da Serra, de novo nos confrontamos com dois gigantes cósmicos: o azul do mar e o azul do Céu, ambos misturados num indefinível recorte. Face a esta tripla paradoxal maravilha, cujo centro é sempre a Serra, constatamos que esta apenas pode ser comungada pelo coração através de uma Forma que a sublime, uma Alma que a transfigure esteticamente (e não teoreticamente nem misticamente), um Espírito que lhe corresponda em grandeza e excelência - e este é o espírito poético. Por natureza e condição, Sintra é habitada pelo Espírito da Poesia..."

Por João Rodil "Serra, Luas e Literatura" de 1995

"...Obedecendo a este impulso de habitante da Serra, João Rodil enquadra as diversas representações imagético-literárias por que Sintra tem sido cantada no ciclo cósmico das estações do ano desenhadas pela própria Serra, como se toda a existência da literatura sobre Sintra coubesse no amplexo de um ano cósmico, como se a literatura fosse o cântico da Serra, a fala da Serra entontecendo o pensamento de Bernardim, de Camões, de Garrett, de Herculano, de Eça..."
Escrito por Filomena Oliveira/Miguel Real (27.06.2006)

domingo, setembro 03, 2006

O Segredo - Reino Oculto das Fadas



O Segredo - Reino Oculto das Fadas
Acrílico sobre tela
1,00 x 0,60

(Tinha mais, mas não tenho fotografias deles)

Hoje vou contar-vos um segredo.
Termino aqui as fotos desta fase.
Em princípio não tenho mais nenhuma desta altura.

Tenho fotos de fases anteriores mas era a fase da aguarela e do abstracto.
Mais tarde, talvez faça um blog só para essa fase.
Tenho tenções de fazer um para o Vitral, também.
Mas num futuro não muito próximo.

A partir de amanhã trago fotos de quadros de 2001 para a frente.

Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços

sábado, setembro 02, 2006

Beijo Imortal - Reino Oculto das Fadas




Beijo Imortal - Reino Oculto das Fadas
Acrílico sobre Tela
1,00 x 0,60

Um beijo.
Um simples beijo
Mas que poderá ficar para todo o sempre
Imortal
Entre os Mortais
Mortal
Entre os Imortais
Como uma abelha pica a pele
Toque de fel, sabor a mel
Beijo dado, beijo encantado
Fada e Humano
Transmutar
O que não pode ser transmutado
Beijo Imortal
Sem esperança
Apenas uma lembrança?
Sonho ou desejo?
Apenas um beijo
Harmonia da natureza,
Paixão, sufoco, ansia,
Desejo
Por um beijo
Pelo teu último Beijo
Um beijo Imortal

Nunca se esquecam dele...


Beijos imortais do Reino Oculto das Fadas
Monte da Lua, 2 de Setembro de 2006

sexta-feira, setembro 01, 2006

Amor não correspondido - Reino Oculto das Fadas




"Amor não correspondido -Reino Oculto das Fadas"

Acrílico sobre Tela
1,00 x 0,60
1997

Outro quadro da série Reino Oculto das Fadas

O Homem ao afastar-se da Terra Mãe afasta-se do Amor, da Realização como Elemento Primordial na Natureza.
A Natureza precisa do Homem como ele precisa da Natureza.
Ao comunicar e relacionar-se com a Natureza Viva o homem alarga o campo da sua consciência e um universo novo e maravilhoso aparecerá diante dos seus olhos.

"A Pátria do meu coração é a Floresta.
Relacionando-me com ela descubro o que é o amor pela Natureza"


Beijos com muito amor.
Monte da Lua, 1 de Setembro de 2006