quarta-feira, setembro 06, 2006

King Arthus (Rei Artur)




"King Arthus"
2002
Óleo sobre Tela
1,60 x 50

Rei, guerreiro, conde ou Chefe de clã. Não se sabe ao certo.
Só se sabe que houve um Arthur, Arthus ou Artorius, filho de Uther, o último Pendragon da Bretanha que após um tempo de trevas conseguiu reunir todos os chefes de clã celtas e não celtas, sob a sua insigne contra os invasores Saxões.
Infelizmente o fim da história todos o sabemos.
O que restou dos Celtas Bretões fugiu para o que hoje é a Bretanha, na França actual, sendo a maior parte dos sobreviventes no que é hoje a Inglaterra, dizimada, restando muito poucos sobreviventes.
O que é engraçado é que os descendentes dos Anglos e dos Saxões veneram Artur e os seus cavaleiros, bem como as suas raízes Celtas!!!!

O primeiro que escreveu sobre as invasões saxónicas foi Gildas no ano 540 no "De Excidio et Conquestu Britanniae", mas a primeira referência literária a Arthur foi no poema épico "Y Gododdin" escrito por volta de 600 d.c. em que refere a vitória em batalha dos Britânicos do Norte perante os Saxões.
Mas em todos os escritos sobre Artur nunca se referem a ele como Rei mas sim como "Dux Bellorum", O Duque (Chefe) das Batalhas, ou como Bernard Cornwell o chama, Senhor da Guerra.
Mas quem falou pela primeira vez de Camelot e dos Cavaleiros da Távola Redonda foi Chrétien de Troyes, valendo-se dos mitos bretões e contos populares galeses que alimentavam memórias genuinas de um antigo herói.

"...Estas são as histórias dos dias que antecederam a descida das grandes trevas.
Estas são as histórias das terras perdidas, do país que outrora foi nosso, mas ao qual os nossos inimigos chamam agora Inglaterra.
Estas são as histórias de Artur, o Senhor da Guerra, o Rei que nunca existiu, o Inimigo de Deus e, que o Cristo Vivo me perdoe, o melhor homem que jamais conheci..."

De "O inimigo de Deus" de Bernard Cornwell.

Para a próxima, "Guenevere".
Que a Deusa da Serra da Lua vos encante nesta noite de calor.

12 comentários:

mixtu disse...

nesta noite li sobre rei artur...

grande rei... e excelente pintura...

que nesta noite e dia bailes e cantes como las cigarras :)

besitos artísticos

LUIS MILHANO (Lumife) disse...

Em breve vou linkar-te no meu blog pois é minha opinião que deves ter mais audiência.

Bj.

travis disse...

aiai faltam aí algumas referencias muito importantes como o mabinogion...
X

El Navegante disse...

Ana, que interesante istas historias e opinioes de aqueles que pela forma de falr, um pode apreciar tudo o que um povo sinte do seu pasado.
Um beijo, e desejo que teu caro marido esteja muito bem.

... disse...

Olá!
Tkks pelo comentário, e desculpa o off-post, mas estou curiosíssimo para ver esse trabalho em ourivesaria.

Delfim Peixoto disse...

Rei Artur...o Rei querido pelo Povo!
Quantos reis de hoje o seriam?
bjnhs doces

RPM disse...

olá cara amiga!!!!

sabes uma coisa! hoje com este teu trabalho fiquei espantado com o que me surgiu....

pergunto-te: porque não te dedicas à ilustração? engraçado que com as obras todas que já colocaste eu hoje consegui ver a área de especialização, se se pode assim escrever...

verdade...tens um traço de ilustradora. é isso!!! depois com as adaptações que fazes depois de leres as obras.....

isso. Ana Garrett, a ilustradora. Sim...sim. Aponto para isso.

e com pinta!!!!

beijos e abraços para todos

RPM

Alexandra disse...

Ana,

que pintura maravilhosa!!! Adorei duas coisas no teu trabalho. A perfeição do traço na maior parte da figura, culminando nessa mistura de cor e formas na parte inferior do quadro.

A informação que deixas é magnifica. Pena que só vos tenha conhecido agora, pois há tempos atrás andei pesquisando muita coisa sobre o assunto. Tenho até um livro que ainda não li mas que me pareceu interessante. Vou deixar-te a referância: A Ilha de Avalon (mistérios sagrados de Artur e do Tor de Glastonbury), Nicholas R. Mann, da Planeta Editora. Atenção, não é um romance.

Deixei-te e-mail.

Beijinhos!

Paulo disse...

Obrigado pela visita.
Não sendo "dado" às artes, ainda assim procuro estar minimamente atento à «mensagem» artistica e social das mesma.
Sempre sonhei possuir um quadro/pintura de alguém famoso. Todavia espero morrer e levar apenas este sonho de infância.
Bjs.

Miguel disse...

Ana,

Obrigado pela visita e comentário n´A Minha Matilde

Os meus parabéns pelo teu blog!
Excelente mistura de artes!
Vou passar por cá mais vezes!

Bjks da Matilde

Visita-me em:
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vania ♥ disse...

linda pintura...
artur o rei inesquecivel...

beijinhos de cristal

Simbelmune disse...

Li e Gostei de Cornwell. Uma visão original e terrena de um mito criado e recriado por inúmeros fins e feitios. de Troyes deu-lhe sabor de heresia num tempo no que os Templários, a poesia trovadoresca e o Gótico invadiam o mundo Patriarcado. Zimmer Bradley fez da lenda uma epopeia do feminino em tempo impossível contrarrestando "La mort d'artur" e o seu filme "Excalibur". A espada e o Cálice fizeram deste ícone uma bandeira dentro de códigos e da-vincis.
Em tempos de feminino se elevando - o rei urso traz mil anos de esperanças, expectativas e frustrações na capa. O teu pintar é lindo. Gosto dos temas de magia, celtismo e ambiente natural - são o aquário onde nada este peixe.