
"King Arthus"
2002
Óleo sobre Tela
1,60 x 50
Rei, guerreiro, conde ou Chefe de clã. Não se sabe ao certo.
Só se sabe que houve um Arthur, Arthus ou Artorius, filho de Uther, o último Pendragon da Bretanha que após um tempo de trevas conseguiu reunir todos os chefes de clã celtas e não celtas, sob a sua insigne contra os invasores Saxões.
Infelizmente o fim da história todos o sabemos.
O que restou dos Celtas Bretões fugiu para o que hoje é a Bretanha, na França actual, sendo a maior parte dos sobreviventes no que é hoje a Inglaterra, dizimada, restando muito poucos sobreviventes.
O que é engraçado é que os descendentes dos Anglos e dos Saxões veneram Artur e os seus cavaleiros, bem como as suas raízes Celtas!!!!
O primeiro que escreveu sobre as invasões saxónicas foi Gildas no ano 540 no "De Excidio et Conquestu Britanniae", mas a primeira referência literária a Arthur foi no poema épico "Y Gododdin" escrito por volta de 600 d.c. em que refere a vitória em batalha dos Britânicos do Norte perante os Saxões.
Mas em todos os escritos sobre Artur nunca se referem a ele como Rei mas sim como "Dux Bellorum", O Duque (Chefe) das Batalhas, ou como Bernard Cornwell o chama, Senhor da Guerra.
Mas quem falou pela primeira vez de Camelot e dos Cavaleiros da Távola Redonda foi Chrétien de Troyes, valendo-se dos mitos bretões e contos populares galeses que alimentavam memórias genuinas de um antigo herói.
"...Estas são as histórias dos dias que antecederam a descida das grandes trevas.
Estas são as histórias das terras perdidas, do país que outrora foi nosso, mas ao qual os nossos inimigos chamam agora Inglaterra.
Estas são as histórias de Artur, o Senhor da Guerra, o Rei que nunca existiu, o Inimigo de Deus e, que o Cristo Vivo me perdoe, o melhor homem que jamais conheci..."
De "O inimigo de Deus" de Bernard Cornwell.
Para a próxima, "Guenevere".
Que a Deusa da Serra da Lua vos encante nesta noite de calor.