segunda-feira, julho 31, 2006

Portas da Atlântida




Hoje trago-vos outro quadro datado de 2000
Portas da Atlântida
Óleo sobre Tela
1,00 x 0,60

Uma temática que nos apaixona cá em casa:
Atlântida.

O berço que originou, supostamente, a civilização.
Continente misterioso de planícies luxuriantes e férteis.
Continente que há séculos perturba os homens.
Quem primeiro a descreveu foi Platão, localizando esse continente a oeste das Colunas de Héracles.

Nunca deixará de ser um mistério.
Pelo menos enquanto a ciência não evoluir para se poder pesquisar em pormenor o fundo dos Oceanos.

Imaginem se a Europa fosse coberta por águas por alguma razão climatérica ou sismológica?
Que testemunho da nossa civilização ficaria para as gerações futuras?

Para meditarem.


Deixo-vos com um testemunho de um dos antigos profetas, Ezequias, que recorda, no seu julgamentocontra as cidades de iro e Sidon o destino dum mundo submerso, mundo análogo a Atlântida.

“... Na sua dor, lamentar-te-ão,
Eles lamentar-te-ão,
Que eras como Tiro,
Como esta cidade destruída no meio do mar,
Quando os teus produtos saiam dos mares,
Satisfazias um grande número de povos,
Pela abundância dos teus bens e das tuas mercadorias,
Enriquecias os reis da terra,
E quanto foste quebrada pelo mar,
Quando desapareceste na profundidade das águas,
As tuas mercadorias e a tua multidão,
Caíram contigo.
Todos os habitantes das ilhas vivem na estupefacção por tua causa,
Os seus reis estão dominados pelo espanto.
O seu rosto está aflito,
Os mercadores entre os povos te darão muitas vaias,
Tu foste reduzida a nada e não serás jamais restabelecida...”


Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços.

domingo, julho 30, 2006

Dama do lago






Hoje não me vou alongar muito.
Chegou o meu querido bebé, Sebastião, de vinte lindos meses, que esteve durante a semana em férias com os avós.
Hoje é ele o meu quadro favorito, a minha musa, o meu principe, o meu amor. A Canção de Sebastião.

****

Dama do Lago
0,50 x 0,40
Óleo sobre Tela
1998

Este é mais um dos quadros da Série "Cruzadas Celtas".

Representa o regresso da Sacerdotisa Mãe ao seio das Irmãs de Avalon após longos anos de ausência.

"...Então, como se uma cortina tivesse sido puxada para o lado, a bruma desvaneceu-se, e perante eles jazia um trecho de água iluminado e uma praia verde... A luz - seria o mesmo sol que ela conhecia? - inundava a terra de ouro e silêncio, e Morgana sentiu a garganta apertada de lágrimas. Pensou, sem perceber porquê, "Cheguei a Casa"..."

Excerto de "As Brumas de Avalon" de Marion Zimmer Bradley, que regressou donde veio. Avalon.
Obrigado por partilhares connosco os teus segredos, Marion.

Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços.

sábado, julho 29, 2006

Draco Constelation



Olá de novo, caminhantes blogueiros.

Draco Constelation
medidas: 1,00 x 0,60
Óleo sobre Tela
1999

Este quadro que vos trago é um daqueles que eu chamo de "entre quadros".
Ou seja, saiu por instinto. Sem nada definido, delineado, preparado. Apeteceu-me fazer enquanto estava preparando outros.

É a minha representação da Constelação do Dragão.
É uma das 88 Constelações modernas. E uma das 44, de Ptolomeu.
A estrela Thuban (Draconis) era a estrela do Polo Norte cerca de 2700 anos antes de Cristo, durante a época dos antigos egipcios.
É a estrela mais brilhante da Constelação de Draco.

Estes quadros quando me saem sem nada definido dão-me imenso prazer.
Como exemplo do que digo, deixo-vos mais uma história de Chuang Tzu, mas desta vez preparada e adaptada por mim à pintura.

"Pintar é como uma dança.
Os movimentos da mão, os jeitos do ombro, os movimentos dos pés, o som do pincel ao ser mergulhado e o amaciar a tela com a tinta, tudo num ritmo perfeito. Como se fosse uma dança ou uma sinfonia.
Temos de procurar agir de acordo com o Tao, a ordem natural das coisas.
É algo que está para além da técnica.
Quando comecei, via à minha frente uma tela enorme, branca, e não conseguia diferenciar os pormenores do que ia pintar.
Mas depois de, mais ou menos, três anos de prática já não via o que ia pintar como um todo.
Via as cores que compunham um pormenor.
Via as distinções.
E agora os meus sentidos param de funcionar e é o espirito que me guia livremente.
Seguindo o instinto, sigo o caminho natural deixando o pincel encontrar o seu rumo entre as muitas opções escondidas, tirando proveito do que lá está, naquela tela a princípio vazia, branca, sem nunca tocar num pormenor que descobri ou numa situação que pintei. Importante.
Um bom pintor usa a sua pincelada até à exaustão porque sabe o que quer, enquanto um pintor medíocre tem de a mudar constantemente porque só sabe... pintar.
Pintar é deixar um pouco da sua alma.
Ou mesmo toda.
Com a minha pincelada já pintei centenas de quadros, e mesmo mudando de tema, ela está fresca, é reconhecida por quem conhece o meu trabalho, mesmo não sabendo de quem é a obra exposta.
É por isso que passado estes anos todos, a pincelada continua com alma, está fresca.
É verdade que há pormenores mais difíceis.
Quando os sinto aproximar, avalio bem o pormenor que surgiu e olho-o com cuidado, mantendo sempre os olhos no que faço e trabalhando devagar.
E então com movimentos suaves, pinto-o na tentativa da perfeição.
E ele “desmancha-se” como um torrão de terra ao cair no chão.
Aí retiro a mão e fico parada, com a sensação de ter conseguido algo muito importante.
Depois lavo o pincel e deito-o ao meu lado.

Comentário:
Há um modo natural de fazer as coisas, há soluções naturais para os problemas.
Se agirmos de acordo com a natureza das coisas - o Tao -, conseguimos fazer tudo melhor e sem que isso nos crie nenhum problema.
Continuaremos sempre frescos como a pincelada do pintor.
Perante qualquer problema, devemos aceitar que as coisas sejam como são sem desejar que a situação fosse outra, diferente do que na realidade é. Porque isso só iria criar resistência e tensão.
Devemos prestar atenção à ordem natural das coisas e trabalhar com ela em vez de contra ela.
E veremos que o trabalho prossegue mais rápida e facilmente se pararmos de "tentar", de pôr demasiado esforço extra, de procurar resultados rápidos.
Há que simplesmente "dar uma ajuda" para que as soluções naturais ocorram."

Isto adapta-se a tudo o que fazemos no nosso dia a dia.
É a minha opinião.
Vale o que vale.
Pensem nisso.

Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços.

Reino Encantado das fadas




Olá de novo, queridos amigos.

Hoje mantenho a Série "Cruzadas Celtas".
Tão do gosto deste público vasto do mundo blog.
Este quadro é mais antigo.
Data de 1999 e é o primeiro desta temática que me acompanhou por dois/três anos.
Antes dele tinha feito uma outra série temática com o nome de "Reino Encantado das fadas".
Era uma série de quadros em que misturava o abstracto com um figuratico mais gestual.
Em homenagem a essa série que me foi muito querida, resolvi intitular este quadro com o mesmo nome. "Reino Encantado das Fadas".
Pode não ter sido o mais perfeito, mas foi o primeiro. Daí nunca me ter libertado dele.
É daqueles quadros que não me consigo desfazer.

Reino Encantado das Fadas
Acrílico sobre Tela
Medidas: 1,00 x 0,60
1999

É um mundo de fantasia, de que todos nós nos orgulhamos de ter conhecido em criança. Quem não se recorda dos contos de fadas em que o dragão vinha para salvar, ou raptar, dependia, a princesa.
Havia sempre uma ou mais fadinhas na história em que muitas vezes acompanhavam o principe e até se apaixonavam por ele, ficando com inveja da sua consorte.

Além de homenagear a série de quadros que elaborei anteriormente, com o título, quis representar uma pequena gota de um mundo que povoou os nossos sonhos de criança.

E tão bom que era.
Esse mundo que já não volta mais.

E se puderem, antes de se deitarem, espreitem pela janela e reparem se não há uma pequena luz furtiva de uma fada ou de um pequeno pirilampo, atrás duma árvore, dum poste ou candeeiro, tentando se esconder de olhares indiscretos.
Se virem, são seres afortunados.
Durmam bem e sonhem com as... fadas.

Esta habitante dos povos do Monte da Lua deseja-vos beijos, a quem é de beijos e abraços, a quem é de abraços.

sexta-feira, julho 28, 2006

Senhora da Magia





Hoje trago-vos outro quadro da série "Cruzadas Celtas".

De nome "Senhora da Magia" é a representação de uma época em que a figura feminina era venerada como sendo a mãe-terra, a Sacerdotisa, a Deusa-Mãe.

Neste quadro funde-se dois mundos.
Dum lado, o feminino (A Sacerdotisa) a guardiã, portadora da vida.
Do outro, o masculino (O Dragão-serpente), a representação dos sábios, dos iniciados, do conhecimento.

Título: "A Senhora daMagia"
Acrílico sobre Tela
Medidas: 1,62 x 1,14
2001

Para os mais cépticos deixo para meditação, uma frase de Chuang Tzu.

"As coisas que os homens conhecem, de maneira nenhuma podem ser comparadas, em quantidade, com as coisas que se desconhecem"

Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços.

terça-feira, julho 25, 2006

O que os outros dizem









Hoje trago-vos um quadro de 2001.
Já se nota uma grande evolução no traço e na pincelada, desde essa altura até aos dias de hoje.

Este quadro faz parte da série "Cruzadas Celtas" e foi bastante influenciado pelas leituras da altura, que me deixavam totalmente fascinada.
Muito Marion Zimmer Bradley, Bernard Cornwell, Stephen Lawhead, entre outros.

Esta colecção consistia em cerca de 15/20 quadros com títulos como "A Barqueira de Avalon", "A Senhora da Magia", "A Queda da Atlântida", Merlin, "A Senhora do Lago", "Rainha das Fadas" e outros que não me recordo o nome.
Alguns estão fotografados.
Outros, infelizmente, perderam-se as fotos.


Nome: Em busca do Santo Graal (Série Cruzadas Celtas)
Acrílico sobre Tela
0,60 x 0,50
2001


Deixo-vos por hoje com algumas criticas/pareceres/observações ao meu trabalho.

Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços

****

Ana Cardoso
(Artista Plástica)
2001

“Nasce de um jogo dos opostos esta exposição. O imaginário de Ana Garrett povoado de simbolísmos transpõe para estas telas a velha luta do bem e do mal. As lendas Celtas e toda a sua magia estão presentes nestas obras que nos levam a passear por entre mundos paralelos.
Os tons frios de onde surgem figuras míticas encantadas rodeados de símbolos celtas a ouro que vibram nesta mistura que existe no interior de cada um de nós e que põe a sociedade, tal como a conhecemos, de poder imposto a ferro e fogo versus uma sociedade utópico - imaginária.”

Victor Lages
(Artista Plástico, Escultor)
2001

“Portais do Encantamento é uma exposição que nos transporta para um mundo de encantar onde o real e o imaginário se tocam, onde o bem, o amor, a simplicidade e a humildade são a base destes portais, reflectindo assim, o próprio sentimento e o mundo interior da artista.
Portais porque são portas abertas para uma mística de encantar, onde o elemento ar está sempre presente tanto nas borboletas, como na leveza das imagens, na cor azul do céu e na própria estrutura da composição, em que as pedras estão suspensas no ar criando como que uma poesia encantada. Por outro lado os vitrais já por serem, transparecem leveza, as cores também elas transparentes e as imagens de pequenos duendes alados remetem-nos de novo para o mundo místico e ao mesmo tempo real e intemporal.
É esta fantasia de encantamento que tem sido a temática utilizada pela Ana Garrett nestes últimos anos nos seus trabalhos tanto na pintura como nos vitrais que pinta. Conheci a Ana Garrett há uns três anos atrás, nessa altura os trabalhos que ela fazia já mostravam uma forte ligação ao mundo místico utilizando símbolos, no entanto, a técnica da pintura e composição ainda mostravam falta de maturidade. Agora, os seus trabalhos apresentam já uma boa qualidade tanto técnica como criativa tendo a artista uma grande capacidade de trabalho, produzindo a um bom ritmo todas as peças que se propõe fazer.”



José Eliseu
(Escultor, critico de arte)
2002

“Ana Garrett é uma jovem artista que por intuição começou por apresentar uma pintura de raiz africana a fazer lembrar o Simbolismo de Malangatana. Depois alicerçou a sua expressão e aproximou-se pouco a pouco da abstracção onde os coloridos imperavam.
Sempre pronta a mudar o rumo a uma rota pura de insatisfação, rompe de vez com esta última corrente para se ligar a um mundo que há muito vinha namoriscando, o grupo dos hiper realistas visionistas, Victor Lajes, Vieira Baptista e Gustavo Fernandes.
Há na sua pintura actual um gosto muito requintado pela magia dos contos de fadas, num mundo recheado de duendes, bichos, monstros e por todo um verdadeiro mistério envolvente.
É uma pintura com sede de realismo em que a boa pincelada harmoniza todo um conjunto bem temperado que equilibra um trabalho bastante original.”


Fernando Grade
(Crítico de Arte, Pintor, Escritor e Investigador Literário)
2003

Qualquer autor plástico procura ter uma voz própria. Ana Garrett afigura-se-nos uma artista inquieta, em busca de um tomo pessoal. Partiu de um certo pressuposto do abstraccionismo, mais ou menos informalista, para uma proposta rígida – em termos estruturais -, onde explicita agora uma concepção porventura para-filosófica do mundo e da vida. Integra-se numa corrente (não sei se será abusivo da parte do crítico considerá-la teosófica...), corrente, essa, em que os símbolos predominam: temos então, as borboletas, os animais espantados, as placentas, os ovos, o frisson dos objectos solitários, tudo bem suspenso no plano, às escâncaras, sem dinamitar o suporte, tudo respira liberto; vê-se nítido, o que a autora quer significar e propor. Pretende
cativar-nos para um estádio de pensar e de sentir onde o que está em baixo é igual ao que está em cima, o infinitamente grande e o infinitamente pequeno são irmãos, quer-se dizer: foram paridos pela mesma matriz.
Trata-se de uma linguagem que gravita entre o ocultismo e a cabala, entre a alquimia (Paracelso) e alguma hermenêutica profana. Acredito que a viagem ainda jovem de Ana Garrett vai prosseguir. Não creio que fique por aqui.”

segunda-feira, julho 24, 2006

Tromp l'Oeil



Há uns anos atrás tirei um Curso Profissional de Pintura e Técnicas de Tromp l'Oeil com a duração de um ano.

Aprendi certas técnicas que não aprenderia noutros lados, tal como fazer todo e qualquer tipo de imitação de pedra, granito, mármore, etc.

Para quem não sabe, Tromp l'Oeil é francês e quer dizer "enganar a vista".

É uma técnica de pintura em que se usa muito a perspectiva e faz criar um efeito de realismo. Se for bem feito muitas vezes passa como real e é só pintura.

Se procurarem imagens na internet, há muitos exemplos de Tromp l'Oeil.

Esta foto foi tirada há meia duzia de anos. Sou eu a elaborar um simples Tromp L'Oeil em casa de uma amiga.

Era um armário embutido. O resultado final foi um varandim com vista desafogada. O quarto era pequeno e ficou com a sensação de ser maior.

Beijos a quem é de beijos e abraços a quem é de abraços.

domingo, julho 23, 2006

O Descanso do Guerreiro



(Clique na foto para ver maior)


Queria fazer um quadro que tivesse como motivo o Mar.

Queria fugir um pouco ao banal e resolvi fazer este quadro.

Representa um pescador já aposentado.
Qual guerreiro que, após muitas lutas contra as forças maritimas, tem direito ao seu merecido descanso.
Conseguiu após muitos anos de labuta, ficar acima do seu adversário e amigo.
O Mar.
É uma homenagem a todos os homens do mar, deste país de marinheiros.

O barco, resolvi colocar um que vi na bela Ria de Aveiro.
Pelos seus belos desenhos e motivos naifs, famosissimos em todo o país.

A matricula do Barco, é de um antigo Renault Clio que tivémos e tal como ao pescador foi uma homenagem.
Porque sempre se portou muito bem.

Título "O descanso do Guerreiro"
Óleo sobre tela
Medidas: 0,89 x 1,46

Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços


NOTA EXPLICATIVA: Quando comecei o blog, tive uma grande dúvida.
Colocaria os quadros mais antigos? Os quadros mais recentes? Colocaria por colecções?
Como não cheguei a uma conclusão e como não fiquei, infelizmente, com todos os quadros fotografados, resolvi colocar fotos de quadros de diferentes alturas e colecções.
Ainda estou a tempo de mudar o critério.
Infelizmente muitas das fotos de quadros que tinha, estavam no computador, como imagem digital.
Não me lembrei que poderia haver virus e foi isso que aconteceu. Pensávamos ter um back-up mas não o encontrámos.

De qualquer modo tenho muitos fotografados.
Os mais recentes não estão fotografados.
Temos de ir ao estúdio fotográfico.
Obrigado pela vossa atenção.

Inventário cromático



Este quadro tem uma história.

Um pintor, critico de arte, poeta, etc, etc, amigo nosso, veio a nossa casa para ver os meus trabalhos.

Ao observar umas fotos deparou com uma já um pouco antiga em que eu estava a agarrar um quadro meu, abstracto.

Ele achou que aquilo dava um quadro engraçadissimo.

Dito e feito.

Agarrei na foto e fiz este quadro onde se vê apenas as minhas pernas e mãos a agarrar um quadro (o tal antigo).

Está em tudo idêntico à foto. Pintei as minhas pernas e mãos a agarrar o quadro. A unica diferença é que escrevi com caneta de aparo e pincel, na parte abstracta, uma poesia dele, "Inventário Cromático".

Daí, o título do quadro.

"Inventário Cromático"

Óleo sobre Tela

Medidas: 1,60 x 0,80

Beijos a quem é de beijos, abraços a quem é de abraços.

quinta-feira, julho 20, 2006

Sobre as infâncias perdidas




(Clique no recorte para ler a notícia)

Recorte do Jornal "Granada Hoy" de Espanha sobre a Exposição Internacional de Artes Plásticas Valentin Ruiz Aznar de 2004 em que ganhei um segundo prémio e uma menção honrosa entre mais de duzentas obras de 39 paises. Foi muito bom.

O quadro do lado esquerdo é meu e tem como título "Ele e Ela".

Representa os órgãos sexuais internos masculino e feminino e tem uma criança com asas de borboleta (As borboletas são uma das representações da Alma). Para este caso é a alma a entrar no corpo da criança.
É a criação de uma nova vida.

Pintei este quadro poucos meses antes de ficar grávida.

Fazia parte de uma colecção que fiz na mesma altura sobre a fecundação, nascimento e a Alma das crianças.

Nessa altura dava aulas de pintura a meninas de 11/12 anos que já tinham sido mães.

Muitas delas tinham sido violadas.

Essas crianças marcaram-me e resolvi fazer esta colecção, que foi exposta numa galeria (GAN) em homenagem a elas, que passaram ao lado da infância.

Exposições

Exposições Individuais:

1997 – Bar Galeria Adágio (Entroncamento)
1999 – Fundição de Oeiras – Hangar K7 (Oeiras)
2000 – Galeria Akhenaton (Lisboa)
2001 – King Arthur’s Gallery (Santo António dos Cavaleiros)
HB - Horta dos Brunos Restaurante Galeria (Lisboa)
Galeria Novo Espaço de Arte (Lisboa)
Galeria Municipal dos Recreios (Amadora)
2002 – Galeria Akhenaton (Lisboa) Março
O Nosso Espaço Restaurante (Lisboa)
Galeria Akhenaton (Lisboa) Setembro
Galeria Origami (Águeda)
2003 – Galeria Pedra do Guilhim (Nazaré)
Galeria Espaço Gan (Lisboa)
2004 – Galeria Manuela Cruz (Castelo Branco)
2005 – Galeria D.G.A.J. (Lisboa)
2006 - ArteGaleria (2006) 16


Exposições Colectivas:

1997 – Espaço Venteira (Amadora)

1998 – II Bienal Pintura Cardoso Lopes (Amadora)
II Bienal Pintura D. Fernando II (Sintra)
Banco de Portugal – Febo Moniz (Lisboa)
Espaço Venteira (Amadora)

1999 – Sociedade Nacional Belas Artes (Lisboa)
Associação Nacional Jovens Empresários (Lisboa)

2000 – Junta de Freguesia de Queijas (Queijas)
Igreja Nossa Senhora da Conceição (Queluz)
Centro Cultural Damaia (Amadora) - Março
Escola Náutica (Paço d’Arcos)
Museu da Electricidade (Lisboa)
CNEMA – Centro Nacional de Exposições (Santarém)
Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa)
Centro Cultural Damaia (Amadora) – Julho
Escola Superior de Teatro e Cinema (Amadora)
Fundição de Oeiras (Oeiras)
Galeria Municipal dos Recreios (Amadora)
Centro Cultural António Aleixo (Vila Real de Santo António)

2001 – Galeria Municipal dos Recreios (Amadora)
King Arthur’s Gallery (Sto. António dos Cavaleiros)
Espaço Cultural São Domingos (Sintra)
Galeria Ferramentas com Arte (Lisboa)
Salão Nobre Desportivo Paço d’Arcos (Paço d’Arcos)
Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa)

2002 – King Arthur´s Gallery (Santo António dos Cavaleiros)
Espaço Cultural São Domingos (Sintra)
Junta Freguesia São João de Brito (Lisboa)
Galeria Municipal Fitares (Sintra)
Galeria João Hogan (Lisboa)
Atelier do Sul (Cadaval)
Samarte 2002 (Samouco)
Centro Cultural Damaia (Amadora)
Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa)

2003 – Salão Nobre do Teatro Cine de Pombal (Pombal)
Centro Cultural António Aleixo (Vila Real de Santo António)
Espaço Cultural de São Domingos (Sintra)
Centro Cultural da Brandoa (Amadora)
Galeria Municipal de Fitares (Sintra)
Galeria da Casa da Cultura de Mora
Galeria ArtePrivada – Consultores de Arte Cunha Vaz (Lisboa)
Clube Parque dos Príncipes (Lisboa)
Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa)
Galeria Municipal Artur Bual (Amadora)

2004 – Galeria do Posto de Turismo da Costa da Caparica
Prémio Internacional de Artes Plásticas Valentin Ruiz Aznar (Granada – Espanha)
Biblioteca Municipal de Alenquer
Galeria Municipal de Fitares (Sintra)
Galeria Orlando Morais (Ericeira)
Samarte 2004 (Samouco)
Exposition Internationale AEA – Salons U.V.A. (Paris – France)
SchlossGalerie – (Steyr, Austria)
Exposicion Internacional Artes Plásticas 2004 - Casa de la Cultura de Maracena (Espanha)

2005 – Galeria Arte & Mar (Sesimbra)
Samarte 2005 (Samouco)
Alcarte 2005 (Alcochete)
Mãe d'Água (Lisboa)
Teatro Municipal de Armilla (Granada - Espanha)

2006 – ArteGaleria (Lisboa)
Galeria Municipal de Fitares (Sintra)
Salão Nobre Junta Freguesia São Francisco (Samouco)
Prémio Internacional "Compositor António Gualda" de Artes Plásticas (Espanha)

quarta-feira, julho 19, 2006

Viagem Imaginária




Titulo: Viagem Imaginária

Óleo s/Tela

Medidas: 0,54 x 0,73

Ano: 2005

"A história de uma viagem desejada que nunca se realizou a um destino paradisiaco onde se podem observar golfinhos quase na beira-mar"

CV

Nasci em Lisboa.
Estudei na Escola de Artes António Arroio.
Curso de Pintura e Desenho da SNBAL.
Curso de Joalheria... incompleto
Membro da Académie Européene des Arts – Belgique.
Sócia da Sociedade Nacional de Belas Artes e da Associação de Pintores e Escultores “ArcoArtis”.
Obras em diversas colecções de Particulares em Portugal, Espanha, Canadá e Itália. 16 exposições individuais e 61 exposições colectivas.
2º lugar e menção honrosa ex-aequo no Prémio Internacional de Artes Plásticas Valentin Ruiz Aznar 2004 (Espanha)
Medalha de Bronze Internacional (3º lugar) na “Exposition Internationale AEA – Salons U.V.A.” Paris, France - 2004
3º Lugar no Samarte 2005 - Concurso Nacional de Artes Plásticas do Samouco.
3º Lugar no Prémio Internacional de Artes Plásticas "Compositor António Gualda" 2006 (Espanha)

Referenciada no Anuário de Arte 2005, Edição de Infante do Carmo.

Breve introdução

Olá, amigos e futuros conhecidos.

Meu nome é Ana Garrett e tenho 38 anos.
Sou Pintora de Arte e dedico-me a 100% a esta profissão.

Escolhi mal o dia (noite) para começar o meu blog porque o "sistema blogueiro" (é assim que se diz?) está em manutenção até às seis da manhã, o que impossibilita apresentar pelo menos um trabalho meu, porque não é possível colocar fotos.
A minha pintura é, por muitos, intitulada de surrealismo. Não me vejo como surrealista.
É um pouco de arte fantástica, hiper-realismo, (ok, surrealismo também), visionismo, etc.
Eu chamo-lhe simplesmente a minha pintura e os meus quadros.
Comecei a expor publicamente em 1997 por "aliciamento" do meu marido.
Até aí, pintava para mim e para os meus amigos aos quais oferecia os meus quadros.
Dois anos depois, deixei a minha profissão (trabalhava numa entidade financeira) e dediquei-me de corpo e alma às artes tentando sempre actualizar-me e reciclar-me.
Neste caminho acabei por descobrir o Vitral e a vitrofusão. Duas vertentes que me fascinam.
Pelo caminho deixei incompleto o curso de joalheria, por motivos de saúde e grande tristeza minha.
As costas não aguentam certos trabalhos.
Fui mãe e tive que impor a mim mesma um período de calma e repouso para me dedicar ao meu filho.
Há cerca de seis meses que estou a trabalhar novamente para uma exposição que vou efectuar numa Galeria de Arte em Lisboa no próximo mês de Outubro.
Ao longo deste tempo que se avizinha espero que me venham a conhecer melhor, bem como ao meu trabalho e quase tudo o que efectuei até aos dias de hoje.
Espero que apreciem o meu trabalho.

É bom fazer o que se gosta, mas também é duro.
Os meus quadros, alguns, chegam a demorar meses a serem elaborados.
São trabalhos que requerem muita dedicação e cuidado.
Infelizmente a maior parte das pessoas não tem a devida sensibilidade para apreciar o nosso esforço.
Estamos sempre em busca do quadro perfeito.
É um prazer enorme quando sai o que pretendemos.
Há quadros que são como filhos.
Não se vendem por dinheiro algum.
Outros, quando não saem o que se pretende, quase os oferecemos (ou ofertamo-los mesmo).

Beijos para quem é de beijos, abraços para quem é de abraços e um até amanhã se Deus quiser.